Ausculta Cardíaca

 A ausculta cardíaca deve ser realizada em vários locais do tórax (focos de ausculta). Durante a ausculta, observamos o ritmo cardíaco, as bulhas cardíacas (sons ocasionados pela abertura e fechamento das válvulas cardíacas) e a presença de sopros (sons ocasionados pelo turbilhonamento do sangue ao passar pelas válvulas ou por outras estruturas cardíacas)
BULHAS CARDÍACAS

  • 1º BULHA: corresponde Mitral e Tricúspides. É de timbre mais grave e duração um pouco maior que a da 2a bulha. Para representá-la, usamos a expressão TUM.
  • 2º BULHA: Aórtica e Pulmonar. A 2a bulha é sempre única pelo simples fato de se auscultar nestes focos somente o componente aórtico. A 2a bulha vem depois de um pequeno silêncio, seu timbre é mais agudo, mais seca, expressão TA.
  • Tum-tá-sopro (válvula aórtica ou pulmonar)
  • Tum-sopro-tá (válvula mitral ou tricúspide)
Em condições normais, B1 tem maior intensidade no foco mitral, onde costuma ser mais forte que B2.
Ritmo de galope. Aplicável ao ritmo tríplice por 3a bulha patológica. Lembram o ruído das patas de um cavalo galopando, PA-TA-TA – PA-TA-TA – PA-TA-TA.
3a bulha fisiológica: TUM-TA-TU – TUM-TA-TU – TUM-TA-TU.
O ritmo de galope é mais audível na ponta do coração com o paciente em decúbito lateral esquerda.

SOPROS
Os sopros são produzidos por vibrações decorrentes de alterações de fluxo sanguíneo. Os sopros aparecem na dependência de alterações do próprio sangue, da parede do vaso ou das câmaras cardíacas, principalmente nos aparelhos valvares. Os mecanismos formadores do sopro podem ser sistematizados como segue abaixo:
- Aumento da viscosidade da corrente sanguínea.
- Diminuição da viscosidade sanguínea.
- Passagem de sangue através de uma zona estreitada.
- Passagem de sangue para uma zona dilatada.
- Passagem de sangue para uma membrana de bordo livre
Sopros sistólicos corresponde a estenose aórtica e insuficiência mitral.
Sopros diastólicos corresponde a estenose mitral e insuficiência aórtica.
 
Os sopros sistólicos são classificados em dois tipos: sopro sistólico de ejeção e sopro sistólico de regurgitação.
Os sopros sistólicos de ejeção são causados por estenose da valva aórtica ou pulmonar e se originam durante o período de ejeção ventricular.
O sopro de regurgitação é audível desde o início da sístole; por isso aparece junto com a 1a bulha, recobrindo-a e mascarando-a.
Os sopros diastólicos são classificados em protodiastólicos, mesodiastólicos e telediastólicos ou pré-sistólicos. Ocorrem em dois grupos de afecções – estenoses atrioventriculares (estenose mitral e estenose tricúspide) e insuficiência das valvas aórtica e pulmonar (aorta e pulmonar).

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