É a passagem de uma sonda, tubo de cloreto de Polivinila (PVC) até o estomago, com seu inicio pela narina ou cavidade oral, seguindo o trajeto do sistema digestivo.
Indicação
- Esvaziamento gástrico;
- Gavagem (alimentação);
- Medicação;
- Lavagem gástrica, em casos de intoxicação;
- Para exames diagnósticos, como refluxo gástrico esofágico.
Contra indicação na introdução da sonda
Via Oral: crianças conscientes, grandes lesões de cavidade oral, fratura de mandíbula e maxilar.
Via Oral e Nasal: crianças com varizes ou lesões esofagianas.
Via Nasal: crianças com fratura de base de crânio.
Complicações
- Obstrução de sonda
- Erosões nasais, necrose e abcesso de septo nasal
- Sinusite aguda, otite
- Esofagite, ulceração esofágica e estenose
- Fístula traqueoesofágica
- Complicações pulmonares (pneumonia, pneumotórax)
- Saída ou migração acidental da sonda
Tipos de Sondagem
Sonda Orogástrica - Inserção de uma sonda na cavidade oral com finalidade de descompressão do estômago ou para alimentação. A via oral é utilizada em clientes com desvio do septo nasal e lesões. É a via de preferência dos neonatos devido a sua respiração ser essencial pela narina o que inviabiliza esta via.
Sonda Nasogástrica - Inserção de uma sonda na cavidade nasal para alimentação ou descompressão do estômago.
Sonda Enteral - é o método de escolha para oferecer suporte nutricional a pacientes que têm trato gastrointestinal funcionante, mas não conseguem manter ingestão oral adequada.
Material Necessário para inserção
- Sonda (habitualmente nº 04, 06,08 ou 10, dependendo da idade);
- Proteção de roupa para cama contra derramamentos;
- Esparadrapo hipoalergênico ou fita adesiva;
- Estetoscópio;
- Luvas;
- Lubrificante hidrossolúvel;
- Água filtrada ou destilada (SN);
- Abaixador de língua;
- Seringa com ponta de adaptador (5 a 10cc).
Material necessário para remoção da sonda
- Estetoscópio.
- Seringa com ponta de adaptador.
- Soro fisiológico a 0,9%.
- Toalha ou travessa.
- Removedor de adesivos.
- Luvas de procedimento não estéril.
Técnica
- Lavar as mãos
- Reunir material na bandeja
- Explicar o procedimento a criança e ao acompanhante
- Proteger o tórax com a toalha
- Higiene oral e nasal
- Fazer restrição física da criança ou sedar se necessário (conforme prescrição)
- Medir a sonda desde o lóbulo da orelha até a ponta do nariz e depois até o apêndice xifoide
- Marcar medida final com um pedaço de fita adesiva fina, de forma que envolva todo o diâmetro da sonda.
- Posicionar a criança em 45º e dorsal
- Calçar luvas e lubrificar a sonda
- Introduzir a sonda pela narina delicadamente e, ao mesmo tempo, manter fletida a cabeça da criança,até alcançar a marcar da fita adesiva
- RN e Lactente passa a sonda OROGÁSTRICA, devido à respiração basicamente nasal, também indicado em casos de crianças com CPAP nasal.
- Testar sonda, averiguando se está no estomago.
- Colocar ponta da sonda dentro do copo com água e observar se borbulha, caso borbulhe, retirar imediatamente porque está no pulmão.
- Nesse caso, também é possível visualizar a sonda suada internamente.
- Aspirar conteúdo gástrico e observar aspecto e quantidade.
- Injetar na sonda, com auxilio da seringa, uma pequena quantidade de ar, realizando a ausculta gástrica simultaneamente; o som deve ser de bolhas rompendo; é o entrando no estômago; isto significa que a sonda está localizada no estômago.
- Fixar a sonda no nariz ou abaixo dele (acima do lábio superior) com a fita adesiva.
- Medir o comprimento externo da sonda, para acompanhar possível deslocamento.
- Fechar a sonda, quando for para dietoterapia.
- Conectar sonda ao coletor – quando for para drenagem, observar quantidade e aspecto do débito gástrico.
- Posicionar confortavelmente a criança.
- Desprezar seringa, luvas e restante do material em lixo infectante.
- Lavar as mãos.
- Anotar no prontuário procedimento, sonda utilizada, volume e aspecto de débito gástrico e se houver intercorrência.
- A equipe de enfermagem é responsável pela manutenção da Sonda.
- Verificar a tolerância da dieta e/ou medicamento a ser administrados pela sonda;
- Diluir bem as medicações antes de administrar pela sonda, evitando obstrução;
- Aspirar conteúdo gástrico antes da administração da dieta e/ou medicamento para verificar presença de resíduos;
- Comunicar ao médico se residuo gástrico for igual oou superior a 50% do volume a ser infundido;
- Lavar com água filtrada a sonda após administração da dieta e/ou medicamento com o intuito de evitar obstruções;
- Manter decúbito elevado durante administração da dieta, evitando broncoaspiração;
- Realizar higiene oral e nasal;
- No caso de neonatos, estar sempre verificando se a sonda orogástrica está no local correto, pois os mesmos podem puxá-la;
- Trocar fixação sempre que necessário. Em RN e Lactentes, pode-se proteger a pele com hidrocoloide e grudar a fixação em cima da proteção;
- Realizar troca em caso de danos na sonda, colocar sempre a data e a hora ao trocar a sonda, sempre ter o cuidado com lavagem das mãos;
- Esvaziar coletor nos horários de controle e anotar aspecto e quantidade; comunicar ao médico se houver débito muito grande, sangramento e outros.