Introdução

TRATAMENTO CIRÚRGICO
É um método de tratamento de doenças, lesões ou deformidades internas e externas executado através de técnicas geralmente realizadas com o auxílio de instrumentos. A  cirurgia abrange a abertura ou não do corpo com a finalidade diagnóstica, terapêutica ou  estética. À partir deste conceito, podemos dizer que enfermagem cirúrgica é aquela que  trata dos cuidados globais de enfermagem prestados aos pacientes nos períodos pré-operatório, trans-operatório e pós-operatório.
Esses cuidados objetivam minimizar os riscos cirúrgicos, dar maior segurança ao paciente e reabilitá-lo para se reintegrar à família e à sociedade o mais rápido possível.

Histórico da cirurgia: escavações demonstram instrumentais sugestivos de procedimentos cirúrgicos pelos povos primitivos, com técnicas que abrangiam tratamento de feridas, correção de fraturas, trepanação, circuncisão, etc. 
•  No século VI e V a.C. : Grécia com a Medicina dos Templos. Hipócrates deu o cunho científico à medicina , onde desenvolveu técnicas cirúrgicas, vindo do grego:  cirurgião (cheir = mão, ergon = trabalho).
•  História da anestesia: nasce o grande fortalecedor da cirurgia, com os egípcios sendo os representantes de maior destaque. Uso inicial pela odontologia.

As cirurgias podem ser classificadas quanto à urgência cirúrgica que engloba:
  Cirurgia eletiva - Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar ocasião mais propícia, ou seja, pode ser programado. Ex: mamoplastia, gastrectomia.
  Cirurgia de urgência - Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de 24 a 48 horas. Ex: apendicectomia, brida intestinal.
  Cirurgia de emergência - Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de uma situação crítica. Ex: Ferimento por arma de fogo em região pré-cordial, hematoma subdural. 

As cirurgias podem ser classificadas de acordo com a finalidade do tratamento cirúrgico:
  Cirurgia Curativa - Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença, devolvendo a saúde ao paciente. Para essa finalidade é necessário as vezes a retirada parcial ou total de um órgão. Este tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata de câncer, neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de alguns anos. Ex. Apendicectomia.
  Cirurgia Paliativa - Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal, mas não cura a doença. Ex. Gastrostomia.
  Cirurgia Diagnóstica - Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença.  Ex. laparotomia exploradora.
  Cirurgia Reparadora - Reconstitui  artificialmente  uma  parte do corpo lesada por enfermidade ou traumatismo. Ex. enxerto de pele em queimados.
  Cirurgia Reconstrutora / cosmética / plástica -   Realizada  com  objetivos  estéticos ou reparadores, para fins de embelezamento. Ex. Rinoplastia, mamoplastia, etc.

 As cirurgias podem ainda ser classificadas quanto ao porte cirúrgico ou risco cardiológico (pequeno, médio ou grande porte), ou seja, a probabilidade de perda de fluidos e sangue durante sua realização. 
  Grande Porte - Com grande probabilidade de perda de fluido e sangue. Ex: cirurgias de emergência, vasculares arteriais.
  Médio Porte - Com média probabilidade de perda de fluido e sangue. Ex: cabeça e pescoço – ressecção de carcinoma espinocelular, ortopedia-prótese de quadril.
  Pequeno Porte - Com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. Ex: plástica mamoplastia e endoscopia.

Quanto ao tempo de duração as cirurgias ainda podem ser classificadas quanto a:
   - Porte I: com tempo de duração de até 2 horas. Ex: rinoplastia.
  - Porte II: cirurgias que duram de 2 a 4 horas. Ex: colecistectomia, gastrectomia. 
  - Porte III: de 4 a 6 horas de duração. Ex: Craniotomia. 
  - Porte IV: com tempo de duração acima d 6 horas. Ex: transplante de
fígado. 

Quanto ao potencial de contaminação da cirurgia:
Cirurgia limpa - Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática. Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias em que não ocorreram penetrações
nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Ex: mamoplastia.
 
Cirurgia potencialmente contaminada - Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Ex: colecistectomia com colangiografia. 

Cirurgia contaminada - Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica grosseira, na ausência de supuração local; presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção ou grande contaminação a partir do tubo digestivo.
Obstrução biliar ou urinária também se inclui nesta categoria. Ex: hemicolectomia. 

Cirurgia infectada - São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Ex: cirurgias de reto e ânus com secreção purulenta.
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1 comentários:

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Unknown
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15 de agosto de 2018 às 05:29 delete

Bom dia seu conteudo muito bom...

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