Formas de Apresentação dos Medicamentos



Forma farmacêutica é o estado final que as substâncias ativas apresentam depois de serem submetidas às operações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico desejado.
Classificação das Formas Farmacêuticas

FORMAS SÓLIDAS
Comprimidos: forma farmacêutica sólida e formato variável. São obtidos pela compreensão em moldes da substância medicamentosa. Vantagens: Permitem precisão de dosagem e são de fácil administração. Podem ser fracionados e ser conservados por maiores períodos de tempo.
Pós: preparações farmacêuticas que se caracteriza pela mistura de fármacos e/ou substâncias químicas finamente divididas e na forma seca. Alguns são destinados ao uso interno e outros ao uso externo. Podem ser administrados sob a forma simples ou serem ponto de partida para outras formas farmacêuticas como papéis e cápsulas.
Drágeas: O princípio ativo está no núcleo da drágea, contendo revestimento com goma-laca, açúcar e corante. São fabricados em drágeas os medicamentos que não devem ser administrados em forma de comprimidos, por apresentarem: sabor desagradável exige absorção no intestino, medicamentos que atacam à mucosa e/ou que devem ser deglutidos com facilidade. Vantagens: Facilitam a deglutição. Eliminam sabor e odor desagradáveis. Evitam alterações de certos princípios ativos. Resistem ao suco gástrico, só se expondo no intestino.
Cápsulas: formas farmacêuticas sólidas uma ou mais substâncias são acondicionadas em um invólucro à base de gelatina, podem ser duras ou moles. São administradas por via oral e possuem propriedades de desintegrarem-se e dissolverem-se no tubo digestivo. Vantagens: Permitem a administração de drogas de sabor desagradável. Permitem o revestimento gastro-resistente do medicamento. Liberam mais rapidamente o princípio ativo da droga.
Pastilhas: formas sólidas destinadas a se dissolverem lentamente na boca constituída por grande quantidade de açúcar e mucilagens associadas a princípios medicamentosos.
Óvulos: são formas farmacêuticas obtidas por compressão ou moldagem aplicação vaginal devem se dissolver para exercerem uma ação local, excipiente em geral é a glicerina.
Supositórios: são preparações farmacêuticas sólidas à base de substância fundível pelo calor natural do corpo destinado a ser introduzido no reto, gerando amolecimento ou dissolução do fármaco.  O excipiente mais usado é a manteiga de cacau (lipossolúvel) junto com a glicerina gelatinada (hidrossolúvel).
Grânulos: formas farmacêuticas composta de um pó ou uma mistura de pós umedecidos e submetidos a secagem para produzir grânulos de tamanho desejado.
Implante: Forma farmacêutica sólida estéril contendo um ou mais princípios ativos e de tamanho e formato adequados para ser inserido em um tecido do corpo, a fim de liberar o(s) princípio(s) ativo(s) por um período prolongado de tempo.  É administrado por meio de um injetor especial adequado ou por incisão cirúrgica.


FORMAS PASTOSAS
Pomadas: Preparações de consistência pastosa destinada ao uso externo.
Cremes: são emulsões líquidas viscosas do tipo óleo e água ou água e óleo, contendo um ou mais princípios ativos ou aditivos dissolvidos ou dispersos na base adequada.
Pastas: São pomadas espessas devido à grande quantidade de pós-insolúveis que veiculam. Podem aparecer sob a forma de pastas dérmicas (aplicação tópica na pele) ou pastas orais (administração oral de antiparasitários).
Cataplasmas: São preparações geralmente magistrais de aplicação tópica na pele. Fazem-se com farinha (linhaça, amido, fécula, etc.) e água, que se misturam a aquecem, em lume brando até obter a consistência desejada. A sua aplicação é feita a quente, e o seu efeito (vasodilatação local) dura enquanto a temperatura do cataplasma se conserva elevada, devendo ser renovados periodicamente.
Ceratos: é um tipo de pomada, em que o excipiente é constituído por uma mistura de cera e óleo.

FORMAS LÍQUIDAS
Emulsão: é uma forma farmacêutica líquida de aspecto cremoso feito com a mistura de um líquido em óleo. Como agentes emulsionantes utilizam-se a goma arábica e a gelatina.
Elixires: São preparações líquidas, límpidas, Hidroalcoólicas (São preparações do fármaco num solvente alcoólico). Utilizados para fármacos não solúveis em água
Soluções: preparados líquidos obtidos por dissolução de substâncias químicas em água.
Mistura de uma ou mais substâncias, normalmente um soluto e um solvente, que resultam em fármacos de fase única.
Tinturas: São formas farmacêuticas oficiais que resultam da ação do álcool, por maceração, sobre produtos secos de origem animal, vegetal ou mineral. São, portanto soluções alcoólicas, a 10 ou 20%, geralmente.  Usam-se por via tópica, em poções ou xaropes.
Chá ou Infusão: São formas farmacêuticas magistrais. Resultam da ação da água sobre plantas secas, a fim de lhes retirar a substância ativa.  Podem ser obtidas por Maceração, Digestão, Decocção e Infusão.
Xaropes: é forma farmacêutica em que a substância ativa, sob a forma de pó ou líquido, se encontra dissolvida numa solução aquosa açucarada concentrada. Contendo cerca de dois terços de seu peso em sacarose ou outros açúcares. Os xaropes apresentam duas vantagens: correção de sabor desagradável do fármaco e conservação do mesmo na forma farmacêutica de administração. 

FORMA GASOSA
Vaporização: São formas farmacêuticas magistrais resultantes da libertação de vapor de água por si só, ou contendo anti-sépticos, e que se destinam a ser inalados.
Aerossóis: São formas farmacêuticas que se caracterizam por constituírem um "nevoeiro não molhante" formado por microgotas. Formam uma suspensão coloidal, em que fase contínua é o gás e a fase dispersa o líquido, daí o seu nome. 

FORMAS ESPECIAIS
Ampolas: São tubos de vidro ou plástico, colorido ou incolor, estirados nos dois topos, ou pequenas "garrafas" seladas, que contém um líquido ou um pó. Servem para facilitar a esterilização e conservação do seu conteúdo. O pó é normalmente utilizado na preparação extemporânea de solutos injetáveis. O seu conteúdo, ou a preparação daí resultante, pode ser administrado por via parental, "per os" ou aplicado topicamente.
Colírios: São formas farmacêuticas destinadas a serem aplicadas sobre a mucosa ocular.
Sprays: São formas farmacêuticas semelhantes aos aerossóis, mas o diâmetro da partícula é maior (superior a 0.5 µ), pelo que pode ser considerado um "nevoeiro molhante"


Referencia: SILVA, M. T. SILVA, S. R. Cálculo e Administração de Medicamentos na Enfermagem. 2ª edição, São Paulo, 2009.  




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